Descobri um nódulo na tireoide, devo me preocupar?
Nódulos tireoidianos são achados bem comuns e já adianto: em 90% dos casos essas lesões são benignas!
Os nódulos são mais comumente encontrados em mulheres, maiores de 40 anos, com história familiar de nódulo tireoidiano e naqueles com história de exposição a radiação. Em geral, sua presença não é acompanhada de sintomas, sendo frequentemente descobertos em exame clínico ou ultrassonografia (US) de rotina. Até 76% da população geral vai apresentar um nódulo ao ultrassom.
Mas e agora, o que fazer?
Quando se detecta um nódulo na tireoide é necessário procurar um médico, de preferência um especialista, pois embora as lesões sejam em sua maioria benignas, é fundamental descartar a possibilidade de câncer maligno.
A investigação inclui avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, sendo o ultrassom o melhor exame para detectar nódulos de tireoide.
De acordo com o tamanho e características encontradas no ultrassom, em alguns casos, será necessário realizar uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Nódulos menores que 1 cm, a princípio, não devem ser puncionados, mas a conduta depende de cada caso.
Após a punção, utilizamos o sistema Bethesda (classificação dos laudos citopatológicos) para estimar o risco de malignidade. De acordo com sua classificação, podemos adotar um tratamento conservador, acompanhando o nódulo com avaliação clínica e ultrassom periódicos. Caso o resultado sugira lesão maligna, o tratamento será cirúrgico, podendo-se retirar a glândula inteira ou parcialmente.
Então, lembre-se:
Com a realização mais frequente de ultrassom de tireoide, é muito provável que um nódulo tireoidiano seja detectado. Em geral, eles não causam sintomas e em 90% dos casos são benignos! Isto quer dizer que você não precisa se desesperar diante desse achado, mas é fundamental agendar sua consulta médica para uma avaliação completa.
Referência: Endocrinologia clínica / editor responsável Lucio Vilar ; editores associados Claudio E. Kater ... [et al.]. 7.ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2021.